Tripé macroeconômico: limites e propostas de mudança

Nesta edição #17 da Revista Política Social e Desenvolvimento, seguimos no debate sobre a gestão macroeconômica e seus impactos sobre o desenvolvimento e a questão social.Trata-se de edição especial que contempla um único artigo elaborado pelo professor André Nassif. Optamos por esse formato em função da importância do tema, tratado com profundidade pelo autor. Além de apontar os limites da gestão ortodoxa do “tripé” macroeconômico para a retomada do crescimento, Nassif também apresenta propostas para a superação gradual desse modelo.

O artigo tem por objetivo responder a seguinte questão: “a continuidade do tripé, pelo menos replicando os mesmos moldes com base nos quais foi adotado em 1999, será bem-sucedida, no sentido não apenas de reduzir a taxa de inflação ao consumidor (IPCA) para o nível da meta preestabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%, mas de retomar o crescimento da economia brasileira sobre bases sustentáveis, situação interrompida praticamente desde o início da década de 1980?”.

Inicialmente o autor analisa os fundamentos teóricos subjacentes ao modelo do tripé, bem como os principais resultados e problemas a ele inerentes. Em seguida investiga as razões pelas quais o governo Dilma Rousseff (2011-2014) não foi capaz de dar continuidade ao crescimento sustentável da economia. Na mesma seção, Nassif faz sugestões de como deveria ser administrado o referido tripé com vistas a cumprir o triplo objetivo de assegurar o crescimento em perspectiva sustentável, preservar a estabilidade de preços e restabelecer o equilíbrio do balanço de pagamentos.

Finalmente, na última parte, tentará responder a pergunta principal do trabalho, com base nas primeiras medidas anunciadas pela nova equipe econômica. Partindo do diagnóstico de que o atual modelo de política econômica baseado no tripé tem sido contraproducente para assegurar, simultaneamente, crescimento sustentável e estabilidade de preços, além de estar inadequado ao ambiente de elevada incerteza, o autor aponta para a necessidade da gradual construção de um novo modelo de política econômica. Em suas palavras, “a revisão do atual modelo implica resgatar o papel contracíclico da política fiscal, reduzir o papel da taxa de juros como o principal instrumento de política macroeconômica, buscar fazer convergir a taxa de câmbio para um nível competitivo e manter uma política salarial de ganhos reais pela produtividade”.

Andre Biancarelli
REDE D

Eduardo Fagnani
PLATAFORMA POLÍTICA SOCIAL

Pedro Rossi
BRASIL DEBATE

Thomas Conti
PLATAFORMA POLÍTICA SOCIAL

Clique aqui para ler a versão digital da edição

Clique aqui para baixar o PDF